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domingo, 18 de outubro de 2015

Teria o telescópio Kepler da NASA encontrado uma megaestrutura alienígena? Le Information Explica #10

Fala galera!

Hoje estamos no 10º Le Information Explica! Chega de enrolação e vamos pra matéria.

Você com certeza já ouviu falar do telescópio espacial Kepler e de suas grandes descobertas. O telescópio foi lançado em 2009 em busca de exoplanetas. Vamos dividir a postagem em tópicos, só pra deixar mais organizado para vocês.

FUNCIONAMENTO

Basicamente, o Kepler detecta exoplanetas quando eles passam diante de seus sóis e provocam uma variação na luz emitida por eles, Para que algo seja considerado planeta, o trânsito deve ocorrer periodicamente para indicar que se trata de um  corpo celeste em órbita.

Imagem meramente ilustrativa

O mais interessante é que os dados coletados pelo telescópio permitem aos cientistas descobrir coisas sobre os exoplanetas como dimensões, composição e formato. Assim, para ser considerado exoplaneta, o candidato precisa cumprir alguns requisitos.

DESCOBERTA BIZARRA

De acordo com Ross Andersen, do portal The Atlantic, o telescópio estava apontado para uma estrela chamada KIC 8462852, localizada na constelação se Cygnus, a cerca de 11 anos-luz da Terra, quando detectou algo muito esquisito. Segundo Andersen, os dados obtidos pelo Kepler revelaram um objeto que passava diante da estrela em intervalos de tempo irregulares, provocando variações da luz também irregulares.

Constelação de Cygnus

A descoberta foi descrita em um estudo publicado recentemente por cientistas de diversas universidades. Conforme explicaram, o equipamento vem observando a estrela a anos e nunca foi constatado algum erro em suas leituras. Mais precisamente, os pesquisadores focaram em dois trânsitos curiosos: o D8000 e o D1500.

O D8000 foi registrado entre os dias 788 e 795 da missão do Kepler e parece mostrar o trânsito de um corpo celeste que causou a queda de 15% no brilho da KIC 8462852. Já o D1500 aconteceu entre os dias 1510 e 1570 da missão e resultou numa queda de 20% no brilho da estrela.

RESULTADOS

Segundo Anderesen, os pesquisadores avaliaram vários cenários para explicar de forma plausível os bizarros trânsitos, como a passagem de um disco circunstelar. Mas, depois de buscar sinais infravermelhos associados a esses discos, os cientistas não encontraram nenhum, sem falar que esses discos costumam circular estrelas jovens, o que não é o caso. 

Disco Circunstelar

Outra possibilidade seria a ocorrência de uma enorme trombada planetária. Porém, considerando a atividade da estrela, a hipótese foi considerada muito remota. A única explicação razoável que os cientistas encontraram foi a possível interferência de um grupo de cometas na região.

Nesse caso, os cientistas argumentaram que uma estrela próxima a KIC 8462852 teria afetado a atividade desses corpos celestes, mas a explicação não pareceu muito convincente.

NOVO ESTUDO

Na falta de explicações, um novo estudo que está prestes a ser publicado sugere que as variações detectadas pelo Kepler podem ter sido provocadas pela passagem de uma megaestrutura criada por uma civilização alienígena em frente a KIC 8462852.


Imagem meramente ilustrativa

A Via Láctea possui cerca de 13 bilhões de anos. Portanto, isso seria tempo suficiente para que uma civilização inteligente pudesse ter se desenvolvido a ponto de ser capaz de criar estruturas gigantescas em algum ponto da galáxia.

Uma civilização do tipo II da Escala de Kardashev não só seria capaz de construir uma megaestrutura como seria capaz de consumir toda a energia de seu planeta como teria a habilidade de usufruir da energia de sua estrela.

ESPECULAÇÕES

O novo estudo propões que a atividade bizarra em torno da KIC 8462852 pode ter sido criado por uma megaestrutura alienígena capaz de utilizar a energia da estrela. No entanto, vale lembrar que depois de ter sua energia sugada, a estrela emitiria calor em comprimentos de ondas diferentes e de forma permanente, e não variável, como foi observado. Sendo assim, a presença de uma civilização do tipo II nas redondezas da KIC 8462852 é pouco provável. 

Imagem meramente ilustrativa

Por outro lado, aponta que existe algo por lá. Talvez possa se tratar de uma civilização do tipo I (que pode usar toda a energia de seu planeta) em transição para o tipo II. Talvez eles estejam tentando construir essa megaestrutura e o telescópio flagrou o teste. 

A descoberta do Kepler é extremamente animadora. No entanto, os dados não provam que encontramos vida inteligente fora do nosso planeta. De acordo com Andersen, os pesquisadores agora pretendem apontar radiotelescópios para a estrela e verificar se tem algum sistema artificial gerando ondas de rádio por lá. 

De qualquer forma, é impossível ficarmos imaginando que, afinal, não estamos sozinhos no universo.

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E é isso, galera!

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